artigo observar Adriano linkedin 3

por Adriano Dias, Assessor de Projetos Especiais.

Pode-se afirmar que o ato de olhar com atenção, vigiar e adquirir conteúdo; somado à capacidade que temos de memorizar, gravar e/ou armazenar de maneira organizada; e à nossa habilidade de estudar e descrever; resumem a ação de observar. Há quem defina esta ação como Observar - Memorizar - Descrever ou, simplesmente, OMD.

Isso acontece todos os dias em nossas vidas. Mesmo que intuitivamente, estamos sempre observando, seja pra nós mesmos, seja para outrem. Quando observamos para nós mesmos, nossas conclusões são “descritas” em nossa mente. Quando observamos para uma organização, empresa ou instituição, nossas inferências são expressadas para fora da nossa mente das mais variadas formas e em diferentes mídias.

Um quadro que retrata uma cena é uma forma de expressar a visão que o artista tem do que observa e/ou sente. Um relatório de descreve um cenário também é uma forma de expressar a visão obtida como decorrência de uma observação. Nunca é demais lembrar que a visão depreende da percepção e do conhecimento que o autor tem do cenário observado. Um exemplo que comprova essa afirmação está nas diferentes descrições obtidas de um mesmo cenário observado por diversas pessoas, ainda mais se algumas delas são portadoras de necessidades especiais (ex. um cego descreve um mesmo cenário percebido a partir dos seus sentidos, de maneira diferente que um não cego).

Se olharmos as organizações como “seres vivos”, podemos inferir que a visão que elas têm dos cenários observados, sejam eles mercados-alvo, sejam eles inovações ou outro objeto de estudos, é a soma das visões que o seu capital humano expressa, em maior ou menor grau de intensidade. Por óbvio, estas visões são as bases da orientação que os líderes têm para a tomada de decisões. Vale o registro que os atos de orientar e de decidir não fazem parte deste artigo, mas é evidente que não basta observar já que, muitas vezes, as visões estão corretas mas a orientação e/ou decisão não.

É inquestionável, então, que o fruto da observação é a visão. Mas como uma organização, seja ela uma empresa ou instituição, pode observar ante o excesso de conteúdos disponíveis? Existem as que decidem reduzir os objetos de estudo (ex. mercados-alvo); há quem opte por intuir (decidir sem orientação e/ou visão clara); e há quem escolha instrumentalizar seu processo de observação. Os resultados são notados no dia a dia das empresas, especialmente em momentos onde a economia não vai bem e/ou nos que os mercados se encontram saturados de ofertas. A terceira alternativa aponta para os Observatórios.

Os observatórios são organizações intraempreendedoras que, via de regra, congregam ações de inteligência e de comunicação. Isso porque acompanhar a imagem percebida, reputação e a eficácia da comunicação da proposição de valor da sua empresa ou instituição é, igualmente, relevante no contexto do cumprimento da sua missão com crescimento sustentável. Também, em parte, porque orientar por meio de recomendações é tão ou mais importante do que apresentar visões, isto é, a orientação sugere o que decidir diante das visões obtidas a partir da observação e só a inteligência é capaz de orientar.

Se as operações, de qualquer natureza, se constituem de ações decididas previamente; e as decisões requerem orientação que se fundamenta nas visões obtidas a partir da observação, então resta irrefutável a afirmação segundo a qual a observação está na base da operação. Mas como funcionam os observatórios? Qual é a sua cadeia de valor? Como podem ser instrumentalizados?

Observatórios possuem, basicamente, quatro entregas:

  •     visão sistêmica atualizada que possibilita à empresa ou instituição acompanhar, em tempo real, seus alvos, dentre eles os mercados, concorrência, pessoas, hipóteses e cenários – trata-se da “consciência situacional”;
  •     representação gráfica de síntese que busca reduzir realidades, isto é, representá-las em imagens que permitem visualizar por diferentes perspectivas, um mesmo objeto de estudos;
  •     documento de visão, talvez a principal entrega de um observatório, ele expressa a visão obtida sobre um alvo (objeto de estudos); e
  •     documento de inteligência que materializa uma recomendação, tomando por base a visão obtida e oferecendo alternativas de decisão baseadas em experiências anteriores e boas práticas reconhecidas, adicionando o impacto e a repercussão de cada alternativa.

Estas entregas constituem o resultado da seguinte cadeia de valor:

  1.     coletar conteúdos pelas vias panorâmica, direcionada ou específica;
  2.     organizar e armazenar conteúdos segundo definições previamente modeladas;
  3.     qualificar elementos já estruturados, quando for o caso, dependendo da demanda submetida ao observatório;
  4.     contextualizar conteúdos já organizados segundo domínios do conhecimento previamente definidos e caracterizados;
  5.     monitorar conteúdos, especialmente acontecimentos e/ou ocorrências (visão sistêmica atualizada – consciência situacional);
  6.     analisar conteúdos e inferir, formando cenários interpretados (representações gráficas de síntese);
  7.     expressar conteúdos e inferências (visões);
  8.     compilar boas práticas e experiências similares pregressas;
  9.     gerar recomendações e projetar seus impactos e repercussões; e
  10.     expressar conclusões (orientações).

Cada passo dessa cadeia de valor é executado mediante norteamento de um ou mais processos que, geralmente, são modelados em consonância com o dia a dia da(s) organização(ões) beneficiária(s). Há que se considerar, como já afirmado, o excesso de conteúdos existentes, especialmente nas fontes noticiosas, blogs, web (sites das empresas e instituições), listas de discussão e mídias sociais.

Para rodar os processos e, consequentemente a cadeia de valor dos observatórios, é preciso instrumentalizá-los. É aí que entram os chamados SBC ou “Sistemas Baseados em Conhecimento”. Eles foram concebidos para potencializar a produtividade e a qualidade das entregas geradas pelas pessoas durante a execução de cada um dos processos.

Existem algumas ótimas opções de SBC no mercado, algumas já robustas pela experiência vivida pelas empresas que implantam soluções desta natureza. E você? Vai continuar tomando decisões com base na sua intuição ou reduzindo mercados-alvo? Pode até funcionar mas, num futuro bem próximo, com os mercados saturando-se cada vez mais, pode não ser suficiente, além de tornar a empresa refém da sua intuição.



artigo seguranca mobilidade Adriano linkedin 4

por Adriano Dias, Assessor de Projetos Especiais.

É surpreendente o crescimento do uso de ferramentas de comunicação on-line. Seja por voz ou mensagens instantâneas, nunca se viu crescimento tão vertiginoso na história da humanidade. Muito disso se deve à altíssima mobilidade experimentada pelas pessoas que, agora, tem em seu dispositivo móvel (smartphone e tablet, principalmente), a mais eficaz ferramenta de atuação pessoal, profissional e social.

Por óbvio, cresceram também as vulnerabilidades e violações à privacidade, em igual proporção. Tais violações tem finalidades das mais variadas, desde aquelas por questões pessoais, até as criminosas. Em alguns casos, os provedores desses serviços podem “permitir” ou serem obrigados a possibilitar o acesso às mensagens, aos órgãos de países onde têm suas sedes ou onde ficam sediadas suas infraestruturas de hospedagem.

Outro ponto vulnerável está nos próprios dispositivos que hospedam essas ferramentas de comunicação interpessoal. Por mais criptografadas que sejam as mensagens armazenadas, o uso de técnicas apropriadas de quebra permite alcançar os conteúdos decifrados (“descriptografados”). Com as mídias trocadas por meio destes softwares (fotos, vídeos ou mesmo áudios enviados como mensagens instantâneas) as coisas podem ser ainda mais fáceis.

Como a segurança no tráfego das mensagens é mais custosa de ser quebrada, principalmente em países como Brasil onde inexistem infraestruturas de hospedagem das principais ferramentas utilizadas, basta você se descuidar e alguém com experiência, em poucos minutos, lhe copia tudo que tem no seu dispositivo, seja ele um smartphone, tablet, notebook, microcomputador ou qualquer outro e, depois, com calma, quebra a criptografia.

As vezes essas violações à sua privacidade lhe trazem prejuízos materiais ou, noutros casos, prejuízos à sua imagem e credibilidade ou mesmo à imagem da sua empresa ou instituição, principalmente se usadas com certa carga de habilidade e malícia. Neste sentido, pode-se afirmar que quando uma informação estiver expressa (fora da mente humana, num texto, numa foto, num vídeo ou num áudio) ela estará vulnerável. Imagine quando ela está no seu dispositivo, no dispositivo da pessoa com quem você trocou a mensagem e num ou mais servidores que instrumentalizaram a troca dessa mensagem. Quanto mais lugares a mensagem estiver expressa (gravada) maior será a vulnerabilidade.

Como, então, aliar a mobilidade com a segurança? Hoje se diz que nenhuma oferta tecnológica terá sucesso se não tiver suas funções ou parte delas disponíveis num dispositivo móvel. A resposta a essa pergunta nos remete ao “telefone sem fio”: aquela brincadeira que fazíamos quando crianças onde a mensagem só ficava na mente dos interlocutores (emissor e receptor da mensagem). É com base neste antigo conceito que estão surgindo ferramentas de suporte à “intercomunicação de pessoas”.

São plataformas de comunicação onde as mensagens, sejam elas de voz ou mensagens instantâneas (vídeo, foto ou áudio gravado), trafegam de maneira criptografada e, além disso, simplesmente não são armazenadas em qualquer lugar: nem no servidor, nem nos dispositivos. As mensagens trocadas ficam, após recebidas (ouvidas ou visualizadas), tão somente na cabeça das pessoas que as emitiram e receberam.

Outro ponto forte dos intercomunicadores de pessoas é que, além do tráfego dessas mensagens ser fortemente criptografado como acontece hoje em dia, o servidor que propicia a comunicação fica hospedado na sua empresa ou instituição ou, alternativamente, em provedores de serviço confiáveis contratados com cláusulas de inviolabilidade. Ter um servidor de mensagens só seu onde só pessoas que você deseja tenham seus dispositivos registrados pode ser uma ótima opção para trocar mensagens e conversar.

Se você trabalha com informações sensíveis e precisa se comunicar com pessoas da sua equipe ou da sua relação pessoal, então você precisa de intercomunicadores de pessoas, ferramentas suficientemente seguras que mantém a mobilidade sem perda da sua privacidade. Como ninguém mais possui um único canal de comunicação (conheço pessoas que usam até oito formas diferentes de se comunicar e o telefone convencional é a última delas), os intercomunicadores pessoais aparecem como grande complemento no seu dia a dia sem aumento do número de equipamentos que você tem que levar.




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